interesses divergentes

Na metade do século XVIII Portugal necessitava de profundas reformas em sua economia para fazer frente às transformações de caráter mundial a exemplo do iluminismo. Essas reformas tiveram um caráter mercantilista e, por isso Portugal necessitava de grandes recursos que só poderiam vir de sua colônia mais rica, ou seja, do Brasil, que contribuía com Portugal pagando pesadas taxas principalmente sobre o ouro. Porem, com a queda da produção do ouro depois da segunda metade da década de 1750 a relação com os colonos foi-se deteriorando, pois Portugal os pressionava com aumento de taxas, não admitindo queda de produção. Desse modo os colonos passaram a questionar as arbitrariedades da coroa portuguesa. Porem, não havia um consenso entre os diversos setores da colônia: os comerciantes queriam mais liberdade de comercio, grupos menos expressivos exigiam vantagens iguais às dadas aos portugueses e os escravos lutavam por liberdade. Assim, a partir deste descontentamento generalizado começaram a eclodir revoltas populares anticolonialistas, tais como a conspiração mineira (1789) e a conspiração baiana (1798). Muito embora esses movimentos fossem contrários ao interesse da coroa eles não tinham, especificamente, interesses comuns e foram logo sufocados pelas forças metropolitanas da coroa portuguesa